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Torta de legumes – R$ 9,55

*Por Ruan Félix

A receita desse mês pro blog da Ju é simplinha, mas super deliciosa. Ela lembra os almoços que rolavam todo primeiro sábado do mês na igreja adventista que eu fui criado. Sim, eu era adventista. Nesses sábados as senhorinhas (chamadas de diaconisas) ficavam responsáveis pelos pratos que seriam servidos. E cada uma tinha sua especialidade. A tia do macarrão alho e óleo, a da proteína de soja gostosa (não podia entrar carne nos almoços adventistas) e também a tia da torta de liquidificador. A torta dessa tia era tão saborosa e cremosa por dentro que, quando a Ju pediu pra ensinar uma torta de legumes aqui, essa foi a primeira coisa que me veio à mente. Então vamos lá:

Para a maionese de couve-flor (que vai na massa) – R$ 2,85

1 couve-flor pequena

¼ de xícara de água

½ xícara de óleo

1 colher de chá de mostarda (eu uso mostarda Dijon, mas fica a vontade pra usar a mostarda que tiver disponível na sua casa)

½ colher de sopa de vinagre de maçã

Sal a gosto

Para a torta – R$ 6,70 + R$ 2,85 da maionese = R$ 9,55

1 xícara de purê de batata (usei aproximadamente 2 batatas médias)

1 xícara de farinha de arroz

1/3 xícara de maionese de couve-flor (ou mais se quiser uma massa mais molhadinha)

1/2 xícara de azeitonas picadas

1/2 xícara de abobrinha ralada (aproximadamente 2 abobrinhas pequenas)

1 tomate em cubos sem sementes

½ xícara de vagem cortada

1 maço de salsinha picado

1 dente de alho picado

1 colher de sopa de fermento em pó

1 e ½ xícara de água

Sal a gosto

Temperos a gosto (eu usei páprica defumada, açafrão e orégano na massa)

Como eu fiz: primeiro eu coloquei as batatas cortadas em cubos irregulares em uma panela com água e sal para ferver. Deixei cozinhar até amolecerem bastante, escorri e passei pelo espremedor para fazer o purê.

Em outra panela, eu coloquei a couve-flor para cozinhar em água com sal até amolecer. Escorri, coloquei a couve-flor cozida no liquidificador, adicionei a água, o vinagre, o sal e a mostarda e bati até ter um purê. Em seguida, abri a tampa de alimentação do liquidificador e fui com ele ligado fui adicionando o óleo em fio até emulsionar e ter uma mistura com essa da foto acima.

Coloquei a abobrinha ralada em cima de um escorredor, salpiquei sal e deixei purgar para extrair o excesso de líquido. Fiz o mesmo com o tomate. Isso ajuda a não encharcar a torta com o líquido dos vegetais. Deixei por cerca de dez minutos, espremi a abobrinha para tirar o excesso de água e fiz o mesmo com os tomates pressionando eles sobre uma peneira com uma colher.

Em uma frigideira larga, eu adicionei um fio de azeite e coloquei o dente de alho para dourar levemente. Em seguida coloquei as vagens e refoguei por alguns minutos. Depois acrescentei as abobrinhas, as azeitonas, o tomate e temperei com um pouco de páprica e sal e refoguei por mais um minuto. Toma cuidado com o sal porque eles já estão levemente salgados e a azeitona também.

Para fazer a massa: eu misturei a farinha de arroz, o purê de batata, a maionese, os temperos e a água e mexi com um fouet até obter uma mistura homogênea. Em seguida adicionei os vegetais da panela e o fermento e mexi mais um pouco para incorporar os elementos.

Untei uma forma pequena com óleo e farinha de arroz, coloquei a massa aos poucos com uma concha e levei a forno pré-aquecido a 250Cº por cerca de 25 minutos.

Notas sobre a receita:

1 – Espere a torta esfriar para conseguir cortar sem que ela desmanche.

2 – A receita tradicional leva ovos, leite e queijo. Três elementos cheios de gordura. Então não tenha medo de acrescentar a quantidade de óleo pedido na maionese. Como você pode ver na foto, a parte de cima ainda fica com um aspecto seco, então regue com azeite na hora de servir também para que fique mais suculenta.

3 – Eu fiz a minha torta com farinha de arroz porque descobri uma intolerância bem desagradável ao glúten, mas eu indico MUITO que você faça com farinha de trigo, ok?

4 – O purê de batata tem uma função especial de manter a torta úmida mesmo depois da geladeira. Não descarte essa parte da receita

5 – Use os vegetais que gostar mais. Você pode adicionar cenoura, espinafre, alho-poró, ervilhas frescas. O que tiver disponível por aí. – Inclusive essa torta é uma ótima receita para limpar a geladeira dos vegetais muxibentos que estão morrendo nela hahaha.

*Ruan é meu amigo, gastrônomo, vegano e professor de culinária especializado em cozinha vegetal com valorização de ingredientes brasileiros. Quebrou a internet com a dica do vinagre no feijão, enche o meu saco por causa do nome “batapioca” e milita em favor do protagonismo dos vegetais, pra que “lasanha vegana” e “risoles de falso camarão” sejam conhecidos como “lasanha de berinjela” e “risoles de chuchu”. Acesse aqui o Instagram, Médium ou Twitter. Para comprar as apostilas online de molhos, temperos ou o e-book com receitas de Natal, em parceria com a deusa Thallita Flor, é só enviar um alô no inbox do Instagram.

**Observação: os preços são um cálculo simbólico, já que variam muito em todo o Brasil. Na conta, óleos e gorduras só entram a partir de 1/4 de xícara porque menos do que isso fica difícil de medir na balança. As especiarias e ervas a mesma coisa.

Uma resposta

  1. Oi, Ju! Fiz a torta, ficou ótima! Acabou sobrando bastante maionese, daí lembrei de um patê de cenoura que minha tia faz que vai maionese. Pensei que poderia ficar bom com essa maionese de couve-flor e realmente fica! Fiz mais ou menos como teu patê de cenoura, mas como já vai ter a cremosidade da maionese, não bati no liquidificador, amassei com garfo depois de cozida a cenoura e acrescentei a maionese no final!

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